quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

PRÊMIO NINÁ NEGREIROS - MOSSORÓ

      
Assuense nascida em 25 de abril de 1947, filha de Joaquim Alfredo Soares de Macedo e Regina Ribeiro de Macedo, a educadora Niná Rebouças deixou em 15 de setembro de 2010, ao falecer por problemas decorrentes de um câncer, um importante acervo de ideias e ações que dão à sociedade brasileira a certeza de ser possível e viável a melhoria na qualidade do ensino público. “Ela tinha um sonho: transformar a sociedade implantando uma escola de qualidade para todos os níveis de ensino”  discursou a ex-governadora Rosalba Ciarlini em 2012, quando da inauguração da escola municipal Niná Rebouças, no conjunto Abolição IV.

       Niná era o apelido de sua avó paterna, Jacinta Soares de Macedo, que seu pai colocou como nome na primeira filha como uma homenagem. Depois ainda nasceram Nereu, hoje agropecuarista, e Gorete, professora da UFRN. Como a família morava em Poaçá, um distrito distante da cidade de Assu, Niná foi levada aos oito anos para a casa do avô, Alfredo Soares de Macedo, com o objetivo de realizar seus estudos. Na ausência de D. Jacinta, já na época falecida, duas tias ajudaram na tarefa de criá-la: Anita e Anunciada. Mesmo depois que seus pais e irmãos vieram para a cidade, Niná permaneceu morando na casa do avô, pois para ela aquela já se tornará também a sua casa. Fez o ensino fundamental no colégio de freiras Nossa Senhora das Vitórias, enquanto o ensino médio cursou em Mossoró, na Escola Normal, interna do Instituto Pio XII.

    Conheceu o esposo, empresário ELVIRO DO CARMO REBOUÇAS NETO, natural de   Mossoró—RN, nascido em  19 de agosto de  1946, filho de  Genésio Xavier Eebouças e de  Dolores do Carmo Rebouças. em 1966, quando ele era presidente do centro Estudantal Mossoroense. Após seis anos entre namoro e noivado, casaram sob as bênçãos do monsenhor Américo Simonetti, primo de Joaquim, quando ela estava concluindo Letras e ele Ciências Econômicas, ambos pela UERN. Tiveram apenas uma filha, Grécia Regina de Macedo Rebouças, que do primeiro casamento lhe deram o neto Pedro Henrique, e do segundo mais dois: Victor Gabriel e João Guilherme.
    
FOTO: SITE AZOUGUE
  “Niná era uma mulher deslumbrante, marcante, inteligente, comprometida com a causa pública, leal e de temperamento forte. Em toda a nossa convivência nunca a peguei em uma inverdade. Às vezes ríspida, por defender de forma intransigente aquilo que acreditava ser correto e justo, não tinha a devida compreensão por parte de alguns. Meu conselho sempre era o dela colocar uma escola e se dedicar a ela, mas Niná era convicta de seu papel social na defesa da construção da excelência do ensino público”, descreve Elviro.

A PROFISSÃO COMO SACERDÓCIO

          Apaixonada pela arte de ensinar, exerceu a função de professora por 27 anos nos seus vários níveis, tendo iniciado sua vida profissional pela na educação básica, na rede estadual, onde também assumiu a direção de várias escolas, em Mossoró e em Areia Branca. Em Areia Branca foi diretora no período de 1976 a 1979 da Escola Estadual Desembargador Silvério Soares, unidade de ensino de 2º Grau e Magistério.
       Assumiu ainda a chefia do 11º Núcleo Regional de Educação (NURE), hoje 12ª Diretoria de Educação (DIRED), foi professora de Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da UERN, e ainda, por doze anos, gestora da educação de Mossoró, de 1997 a 2000 como Secretária Municipal de Educação, e de 2001 a março de 2008 na titularidade da Gerência Executiva da Educação e do Desporto. Foi também presidente do Conselho Municipal de Educação de Mossoró e Vice-Presidente da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação –(UNDIME/RN), órgão nacional que congrega gestores educacionais.
         À frente da educação mossoroense teve seu trabalho reconhecido através de prêmios conquistados junto a entidades nacionais, como a ‘Medalha Anísio Teixeira do Mérito em Gestão Educacional’, em 2001, e o "Prêmio Gestão Nota 10" do Instituto Ayrton Senna, em 2008. Este conquistado em uma disputa acirrada entre 36 profissionais de educação de todo o Brasil. “Quando Viviane Senna ligou para Niná dando a notícia que ela tinha sido a escolhida, ela logo se preocupou por já não ser a gestora do município, dizendo se não seria mais adequado repassar para Secretaria o prêmio, ao que foi alertada pela irmã de Ayrton Senna: o prêmio é seu Niná, por seu trabalho realizado em favor da educação e após um delicado processo de avaliação. Foi quando Niná percebeu que sua luta de anos havia semeado esperança de dias melhores na arte de repassar conhecimentos”, descreve Elviro.
        Em sua trajetória em sala de aula, um fato ganha destaque no momento em que Irmã Lindalva está em processo de canonização pela igreja católica. Niná foi sua professora alfabetizadora na escola estadual Manoel Pessoa Montenegro, em Assu. Também foi relevante a forma resignada como enfrentou sua doença fatal. Durante os 3 anos e seis meses de luta pela vida, nunca perdeu a serenidade. Tanto é que em março de 2008, teve forças para afastar-se de suas funções na educação para disputar uma vaga na Câmara Municipal, sendo eleita pelo DEM como a segunda mais votada da cidade com 3.938 votos.

FONTE – OBOM DE MOSSORÓ

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